SER

     Somos crianças, somos inocentes, ingénuos, ainda não vivemos muito e experiência de vida temos pouca ou mesmo nenhuma. Uma fase em que a única coisa que interessa são as brincadeiras, os "amiguinhos" com quem partilhamos os segredos, brinquedos, até mesmo as asneiras inofensivas, e à noite são os sonhos e esperanças, e as conquistas que queremos alcançar. Todos nos preparamos para a "luta", estamos a crescer. Sei que, todos ou quase todos somos felizes nesta fase, não temos preocupações, apenas as dá-mos e o melhor de tudo, é que não somos adultos que ao contrário deles os únicos medos que temos são os monstros que se "escondem" à noite no nosso quarto, debaixo da cama, e os pesadelos sobre os mesmos. Já os adultos, têm medos de um tamanho inexplicável, o medo de não saber se os seus filhos ficarão bem depois de os deixar na escola, medo de quando eles adoecem, que não estejam felizes, medo de não os conseguir manter a casa para eles ficarem bem, medo de não lhes poder proporcionar um bom futuro, medo de lhes falhar, errar, de ser injusto, de estar longe, inseguro, medo de ser sufocante, exagerado, medo, medo, medo, medo. É triste, é difícil mas, é assim! Não preciso de ser pai, para saber, ou talvez preciso mas, sei que o que disse, faz algum sentido.
     

   Nesta vida, às vezes, não temos muitas opções em certas situações, eu ainda não sei quase nada sobre a vida, a única coisa que sei é que nesta vida: Tudo nasce, tudo cresce, tudo vive, e tudo morre. Mas para mim, mais vale morrer e poder dizer que tentei ser feliz, do que dizer que não fui feliz porque não tentei.